A Informação n.º 743/2009 de 20/07/2009 – DOM que é agora presente, relativa ao assunto em discussão – “Projecto de Arranjos Exteriores da Rua de Coimbra – Troço entre a Praceta de Santo André e a Av. Maria de Lourdes Mello e Castro” é, à semelhança de outras hoje presentes ao Executivo Municipal, inconclusiva e imprecisa.
Senão vejamos – refere uma missiva do projectista – TECSEBAS, datada de 19/06/2009, na qual são dadas, segundo o que é referido, as respostas às questões / dúvidas levantadas pela Divisão de Serviços Urbanos – Serviços de Parques e Jardins, mas depois ficamos sem perceber se os referidos Serviços concordam ou subscrevem as explicações enunciadas pelo referido projectista.
Ora tal informação, a existir, seria para mim deveras relevante, pois dariam resposta às considerações pertinentes que foram oportunamente formuladas por esses Serviços e que continuam sem resposta, não se percebendo minimamente porque se teima na escolha de uma espécie arbórea endémica da China, Japão e Coreia, quando outras existem próprias do nosso clima, que por certo, teriam uma adaptação muito mais facilitada; bem como ficamos sem resposta à questão do revestimento das caldeiras ser feito ou não de acordo com as indicações dos Serviços de Paqrues e Jardins – “ o revestimento das caldeiras deve ser feito com materialporoso que não impermeabilize o solo”.
Mais, não posso mais uma vez concordar com o não aproveitamento dos exemplares de espécies arbóreas existentes no viveiro municipal, bem como do vasto conhecimento técnico e bom gosto dos funcionários da autarquia, que poderiam resultar em mais um excelente trabalho final, como o muito recentemente conseguido no embelezamento da rotunda conhecida como da PT, junto à Igreja de Santa Maria dos Olivais, e que eu tive a felicidade de coordenar.
Assim, e a optar-se por essa solução e não por aquela que é proposta, não só se estariam a reduzir os gastos com a obra, como também a rentabilizar-se o capital humano e material da autarquia. A opção proposta pelo projectista – “ A manutenção dos arbustos será, no primeiro ano, um encargo do empreiteiro”, tem-se revelado desastrosa, com grandes prejuízos morais e materiais para a autarquia. Vejam-se, a título de exemplo, as obras da envolvente ao Estádio Municipal, da envolvente à Igreja de Santa Maria dos Olivais ou da rotunda da entrada na cidade, na Av. D. Nuno Álvares Pereira. Uma interpretação, quanto a nós desadequada, dos empreiteiros das obras referidas, leva a que, no entender destes, as obras apenas necessitam de estar a 100% aquando do último dos 12 meses, sendo possível que até lá os espaços sejam autênticas florestas de mato e erva. Esta inaceitável situação, lesiva dos interesses do nosso município, obriga à intervenção dos nossos serviços de jardins, pois é a imagem de Tomar que está em causa.
Caso se opte, mais uma vez, por esta solução, será de novo um erro a somar a outros que têm sucedido num passado recente, em situações em tudo semelhantes.
Assim, sem estarem esclarecidas estas dúvidas, o nosso voto só poderá ser o da abstenção.