terça-feira, 18 de agosto de 2009

Ivo Santos assume compromisso com os tomarenses




O candidato à presidência da Câmara Municipal de Tomar, Ivo Santos, apresentou esta Terça-feira, 18 de Agosto, o COMPROMISSO que pretende assumir com todos os tomarenses para os próximos quatro anos.




Declaração de Compromisso

No dia 24 de Julho anunciei que estava disponível para me candidatar à Câmara Municipal de Tomar pelo CDS/Partido Popular. Em apenas três semanas, cidadãos militantes do partido, em conjunto com muitos independentes de Tomar, conseguiram mobilizar-se, tornando possível a apresentação de listas concorrentes à Câmara Municipal de Tomar e Assembleia Municipal de Tomar.


Candidato-me a Presidente da Câmara Municipal de Tomar porque sinto que, enquanto cidadão, tenho a obrigação e o dever cívico de participar activamente no desenvolvimento sustentado do meu concelho. Quem me conhece e trabalha comigo, sabe que insisto sempre numa ideia nuclear – Tomar está a perder o seu principal activo, que são as pessoas. Uma cidade e um concelho assim não terão futuro a curto prazo. Tenho consciência que o despovoamento de Tomar não se resolve apenas em quatro anos e com medidas pontuais e descontinuadas. Mas podemos desde já começar a trabalhar para inverter esta tendência, tomando medidas sobre as principais causas que estão na origem deste grave problema. O envelhecimento demográfico, outro dos grandes problemas do concelho, combate-se, abrindo novas oportunidades de residência e emprego no concelho. Ouvindo sempre as pessoas. Nunca, olhando os munícipes e investidores com a desconfiança de quem estranha a criação de riqueza. É preciso trabalhar e construir de forma participada, convergindo os esforços de todos os que decidem, trabalham e vivem em Tomar.


Todos sabem que dediquei uma parte importante da minha vida a lutar, dentro do Partido Social Democrata, pela qualidade de vida das pessoas de Tomar e pelo desenvolvimento do meu concelho e região. Mas, nos últimos meses, assistimos todos, de forma recorrente, à incapacidade de entendimento e convergência dentro do partido e, consequentemente, no executivo camarário de maioria PSD. Estamos hoje perante uma grave crise do governo local e, por arrastamento, perante uma grave crise em Tomar. A crise económica à escala planetária e nacional não justifica tudo. O nosso concelho, em particular as pessoas que estão a passar por mais dificuldades, e para quem o amanhã representa acima de tudo, o vazio e a angústia, necessitam com carácter de urgência de um Programa de Auxílio Social, a aplicar num período nunca inferior aos próximos quatro anos. Todos sabem que sou o único candidato em condições de o propor a todas as forças políticas, e de obter em torno dele o máximo consenso.

Um concelho como o de Tomar não pode apenas ter uma zona industrial que não só atingiu há muito o seu limite, como as áreas disponíveis para os investidores são escassas e limitativas em termos de captação de investimento.
Conscientes que a criação de emprego a par da fixação de população são necessidades urgentes, e que à Câmara compete potenciar esse desenvolvimento, iremos definir em sede de PDM duas novas zonas industriais, em dois locais diferentes do concelho de Tomar.

Uma primeira na freguesia da Sabacheira, na zona limítrofe do concelho de Tomar, junto do nó do IC9 de Vale dos Ovos e nas imediações da linha do Norte. Esta localização permitirá, quando concluído o troço do IC9 que ligará Tomar à zona do litoral oeste, não só potenciar as vantagens existentes da proximidade ao eixo Ourém/Leiria como permitir captar novos investidores que estão atentos à proximidade geográfica, desta área territorial, à A1, A8 e antiga Nacional 1 – eixo fulcral do desenvolvimento da região centro. Paralelamente, a mais-valia resultante da existência da estação de Fátima e da consequente ligação ferroviária a todo o país e espaço ibérico, poderá em definitivo proporcionar os benefícios económicos para o concelho de Tomar que nunca foram obtidos.


Uma segunda zona industrial a par de um pólo tecnológico, igualmente em localização limítrofe do concelho, mais concretamente na freguesia da Asseiceira, próximo da zona industrial da Barquinha, do nó do IC3 com a A23 e a escassos quilómetros da principal Auto-Estrada do país, a A1. A pertinência do Pólo-Tecnológico justifica-se pela ausência desta realidade no concelho e região do Médio Tejo, bem como da possibilidade de potenciar o conhecimento, o empreendorismo, a e vontade de criar, resultante da existência do Instituto Politécnico de Tomar e do seu pólo de Abrantes.

Formámos uma equipa que assume hoje um compromisso de honra para os próximos quatro anos de mandato autárquico - colocar sempre os interesses de Tomar, acima dos interesses partidários. É esse o nosso primeiro compromisso com a população de Tomar.

Tomar é uma terra onde há pessoas que trabalham, que se preocupam com o seu bem-estar e com o futuro dos seus filhos. Pessoas que revelam descrença em relação ao dia de amanhã. No entanto serão essas mesmas pessoas que forçosamente terão que inverter o rumo dos acontecimentos, sendo mais inovadoras, criativas e audazes, à imagem das pessoas que aqui viveram antes de nós. Esse é, na minha opinião, o mais importante legado do passado – o exemplo de coragem e determinação daqueles que conseguiram tornar Tomar numa referência no contexto nacional.
Sabendo decidir, Tomar voltará ao seu rumo.

Há muita gente que gostaria de morar em Tomar, mas não consegue. Multiplicam-se as queixas de mau funcionamento dos serviços de licenciamento de obras particulares da Câmara, que atrasam, levantam sucessivos obstáculos, deixam os cidadãos sem saber o que fazer. Muitos que aqui querem viver, construir ou adquirir uma habitação condigna, a preços acessíveis, acabam por ir viver para outras cidades, aí acabando por se fixar definitivamente. Esta situação insustentável tem de terminar, custe o que custar.

É obrigatório pensar em mais e melhores oportunidades, no domínio da cultura e do desporto, de forma a transformar Tomar numa cidade jovem, virada para o desenvolvimento, celebrando Protocolos que garantam previamente apoios, deveres e obrigações, com aqueles que já fomentam esse progresso, como as associações e colectividades do concelho, como ainda com outros, que manifestem essa nobre intenção. Fechar as portas a quem revela dinamismo e determinação jamais será o lema que nos move. E entenda-se que não estamos a falar da política, por vezes pouco clara, do subsídio, antes pensando outras formas de cooperação e ajuda mútua. Em tempos difíceis e com dificuldades de tesouraria exige-se criatividade e definição prévia de objectivos realistas a alcançar.

Tomar precisa, mais do que grandes projectos do tipo “Parque Temático” ou mais recentemente “Tomar no horizonte de Progresso”, de manter o património que possui, e reconciliar os seus cidadãos com o encanto e beleza da sua terra. Não faz qualquer sentido insistir-se no abandono, na total ausência de investimento no maior recurso natural existente no concelho – a Albufeira do Castelo do Bode. Assim, o nosso objectivo para os próximos quatro anos será dar prioridade às intervenções que visem manter e/ou recuperar o património existente, e só depois, analisada que seja a viabilidade financeira necessária à concretização dos anunciados investimentos em grandes projectos, ponderar, caso a caso, a concretização faseada dos mesmos.

Queremos tornar Tomar um concelho mais seguro, combatendo a exclusão social e a delinquência, numa perspectiva de envolvimento da comunidade, das associações e forças vivas do concelho na resolução do problema. Particular atenção será dada às minorias étnicas e à especificidade da situação existente com as famílias de etnia cigana. Já chega de esperar uma resolução para o acampamento da zona do Flecheiro. Iremos resolver o problema, encarando todos os cidadãos da mesma forma, com a noção de que Todos temos Direitos mas também temos Obrigações. Serão criadas as condições para que possam ser restauradas as relações de vizinhança, devolvendo a paz e a harmonia há muito perdidas.



Tomar precisa de se tornar mais dinâmica, mais atraente, com mais preocupações ambientais, enfrentando novos desafios e oportunidades de emprego, habitação, turismo, comércio e cultura. Sabemos que não compete à Câmara Municipal produzir directamente os principais bens e serviços de que o concelho precisa. Mas compete-lhe e é sua obrigação, assumir um papel estratégico na definição de horizontes, de metas, de futuro. O importante trabalho que coordenei na área da Educação Ambiental, da Juventude, do Turismo, de novos eventos, como foi o exemplo recente da “TomarLego” tem de ser continuado, com inovação, criatividade, dinamismo, como o revelado quando elaborei a candidatura com vista à existência de um dos primeiros Espaços Internet do país, que hoje é uma realidade vivida amplamente por toda a população. Com estes objectivos em mente, convidaremos de imediato a massa estudantil universitária proveniente do Instituto Politécnico de Tomar, bem como os agentes científicos, investigadores, empresariais e sociais da região em que estamos inseridos, a participar activamente no novo ciclo que temos de iniciar desde já em Tomar. Não faz qualquer sentido governar-se de costas voltado com o Saber.

Governar Tomar implica colocar a Câmara Municipal ao serviço do concelho e dos tomarenses. O Programa de Acção, o qual estamos activamente a preparar e que iremos apresentar a todos os tomarenses, assenta em três premissas fundamentais: capacidade financeira, liderança forte, coerência das decisões. O Município de Tomar precisa, de uma vez por todas, de equilibrar as suas contas, levando muito a sério o controle e redução dos custos, de forma a deixar de recorrer sistematicamente a empréstimos bancários para fazer face aos seus compromissos correntes. Esta meta obrigará a racionalizar meios, a equacionar o número e funções dos funcionários afectos a cada serviço. Reforçando-o onde existem carências evidentes, principalmente ao nível de operários. Numa palavra, a primeira tarefa será a de reorganizar a autarquia. Sem esse prévio trabalho interno nada poderá ser concretizado.


Apresento hoje a todos os tomarenses a lista de candidatos à Câmara Municipal e Assembleia Municipal de Tomar, que apenas faria lógica apresentar em conjunto, pois Todos fazem parte de uma equipa e é com ela que iremos trabalhar nos próximos quatro anos. Seremos sempre humildes, trabalhadores, coesos e solidários. São listas plurais, em que me revejo totalmente e de que me orgulho muito. Aliás, todos nos orgulhamos. Reúne a competência técnica e cívica, a experiência, o saber necessários para devolver Tomar às pessoas, enfrentando com coragem e sem amarras as decisões difíceis que de nós se esperam. E é também uma lista única no contexto de Tomar, pois dá rosto à diversidade e à inclusão, fundamental para um futuro construído por todos.


Tomar precisa de pessoas com convicções.
Uma cidade e um concelho, com a história que Tomar ostenta e de que se orgulha, obrigam a que se termine um ciclo que teve um rosto.
É Hora de olhar o futuro e de saber decidir. Não nos intimidam os interesses instalados, nem as teias de influência e amiguismo, que vêm obstaculizando o desenvolvimento do nosso concelho.
Acredito nas pessoas, na sua capacidade, na sua enorme generosidade.
Saúdo todas as candidaturas que se apresentam a estas eleições autárquicas, com espírito democrático e vontade de bem-fazer.
Estou convicto que, sabendo decidir, um concelho melhor e mais bem governado é possível e está ao alcance de todos.

Seremos capazes de cumprir o nosso lema - Saber decidir!

1 comentário:

simon disse...

Caros amigos. só fiz agora uma leitura de vosso programa de intenções. Acho muito bem o pensar de um polo tecnológico na zona da Asseiceira. Aliás a Barquinha tem algo de semelhante 2 kilómetros mais adiante. Uma outra realidade notada é Tomar e o politécnico andarem de costas voltadas, situação que urge modificar. Cumprimentos Ernesto Jana